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Voltando

Bom pessoal vou procurar aparecer mais por aqui, gostaria também que causo vocês encontrem algo desatualizado ou errado por favor me avisem pode ser pelos comentários mesmo...

História da América

Quando morreu no ano de 1506, Cristóvão Colombo estava convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".

Américo Vespúcio

A América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos - provocada pela última glaciação - possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos, dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.

No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).

No resto do continente, os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações. As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.

A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata.

Cristóvão Colombo

A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.

A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se na América, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.

Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.

Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.

Simón Bolívar

O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.
Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.

Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.
Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.

Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença da região (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.


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