Revolução Científica

Os últimos pensadores nominalistas (Ockham, c. 1300-49) de Paris e Oxford desafiaram a ortodoxia aristotélica, permitindo uma abordagem científica mais livre. Mas os valores metafísicos, como a fé neoplatônica num cosmos ordenado, matemático, ainda motivavam e comandavam os subseqüentes questionamentos. Copérnico (1473-1543) promoveu a teoria heliocêntrica, que foi confirmada quando Kepler (1571-1630) descobriu as leis matemáticas que descreviam as órbitas dos planetas. A crença cristã aristotélica de que céus e terra eram fundamentalmente diferentes entrou em colapso quando Galileu (1564-1642) Descobriu manchas solares móveis, topografia lunar irregular e satélites ao redor de Júpiter. Ele e Newton (1642-1727) desenvolveram uma mecânica que unificava os fenômenos cósmicos e terrestres. Para atender às necessidades da nova física, Newton e Leibniz (1646-1716) inventaram o cálculo, e Descartes (1596-1650) inventou a geometria analítica.

A explosão da ciência investigativa incluiu a descoberta da circulação do sangue (Harvey, 1578-1657), da vida microscópica (Leeuwenhoek, 1632-1723) e avanços na anatomia (Vesalius, 1514-64, dissecou cadáveres) e na química (Boyle, 1627-91). Fundaram-se institutos de pesquisa científica: Florença, 1657, Londres (Royal Society), 1660, Paris, 1666. As invenções proliferaram (máquina a vapor de Savery, 1696).